publicado no dia 25 de outubro, na coluna do Lauro Jardim, no Globo
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro (CCIR) pediu ao Ministério Público que investigue a situação das políticas públicas de combate aos crimes resultantes de preconceito e discriminação.
A entidade, coordenada pelo Babalorixá Ivanir dos Santos, denuncia o desmantelamento e a precarização da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). A unidade é responsável, por exemplo, por apurar se a mãe de Larissa Manoela, Silvana Tasques, cometeu suposto racismo religioso contra o genro André Luiz Frambach.
A CCIR, por meio do advogado Carlos Nicodemos, aponta que a delegacia conta com apenas seis servidores sobrecarregados. Acrescenta que isso resulta na morosidade de procedimentos, redução do atendimento à população e ameaça a eficácia das políticas públicas de proteção a marginalizados e vulneráveis.
No estado do Rio, os registros de racismo aumentaram 91,6%, enquanto os de injúria racial cresceram 38,6% em apenas um ano.
A entidade, em conjunto com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), quer a instauração de um inquérito.