Por O Globo em 21.12.2023
Silvana Taques, mãe de Larissa Manoela, é alvo de um novo processo no TJ do Rio de Janeiro em que pode ser obrigada a pagar R$ 500 mil em indenizações por danos morais coletivos após ter praticado, conforme entendeu a Polícia Civil fluminense, racismo religioso contra parentes do genro André Luiz Frambach.
Antes empresária da própria filha, Silvana foi indiciada no mês passado por ter chamado de “macumbeira” a família de Frambach, com quem Larissa se casou esta semana, sem convidar os pais, com quem está rompida. Embora o termo tenha sido utilizado por Silvana numa mensagem particular à Larissa, via WhatsApp, o texto veio à tona em reportagem do “Fantástico” e acabou judicializado.
Além da ação criminal já existente contra Silvana, agora, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio pede ao Judiciário fluminense que ela seja condenada a se retratar publicamente em meio de comunicação de alcance nacional pelo uso do termo “macumbeira” (a família de André é espírita kardecista) e também a pagar os R$ 500 mil em indenização à sociedade.
Autor da ação, o colegiado solicita também autorização para administrar o montante, efetuando repasses a cinco editais futuros que privilegiem políticas e programas dedicados a combater a discriminação religiosa. A comissão está sendo representada juridicamente pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, que tem como conselheiro estratégico o babalaô e professor Ivanir dos Santos. Atua no caso a equipe do escritório Nicodemos Advogados Associados.